Uma pesquisa realizada pela Franceschini Análise de Mercado para conceituar o tema abordado no livro Luxo for All, de José Luiz Tejon, Roberto Panzarini e Victor Megido, revelou o que os consumidores emergentes da classe C pensam sobre luxo, e o resultado foi que tudo é luxo para a classe C. Mas então como as empresas devem aproveitar o potencial de compra deste seguimento?
O estudo revelou que 64% desses consumidores não têm nenhuma marca na memória que esteja ligada ao luxo, assim como 62% também não citaram uma loja específica, sendo marcas como C&A, Riachuello, Carrefour e Marisa as marcas mais citadas pelos entrevistados.
Algumas marcas já estão atentas a esse público, um exemplo é a O Boticário, que lançará a marca de cosméticos Eudora, que será vendida por catálogo e por consultoras espalhadas pelo Brasil, assim como a Avon e Natura.
Outro grande exemplo é a Marisa, que lançou a bandeira Marisa Lingerie, focada na classe C, mas com pontos de venda mais elegantes, para oferecer a melhor experiência de compra possível, com orientação e produtos diferenciados.
Em muitos casos, é preciso repensar a estratégia das companhias ou até mesmo criar novas marcas, como fez O Boticário, pois metade dos entrevistados associam o luxo à representação social do status.
Se você quer que seu produto seja considerado artigo de luxo para estes consumidores, o negócio é investir no lado comportamental e no estilo de vida, e não apenas no material e na ostentação.
Do total, 25% não souberam definir o que eu seria luxo para si; 17% citaram luxo como uma boa casa, contas pagas e poder descansar; 6% citaram coisas como bom gosto e ter saúde. Mas para 27% deles, luxo é ter um bom carro, poder viajar, ter conforto e ir a um restaurante com a família.
É ai que reside a oportunidade de reposicionamento e estratégias das marcas, pois luxo para classe C é visto como uma idealização de uma vida confortável. Esses consumidores costumam ter uma realidade tão oprimida por necessidades básicas, que luxo par eles, é algo que é comum na classe média.
Por isso terão destaque e sucesso as marcas que conseguirem tocar minimamente no ideário da classe C.
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